Ontem um estranho sorriu pra mim no ônibus, um sorriso sincero, de quem sorri de corpo inteiro, com um saudoso brilho no olhar de quem tem muito a contar.
Em uma fração de segundo o sorriso se converteu em embaraço e o brilho no olhar se nebliou. O estranho viu em mim alguém que eu não sou e seu rosto refletiu o que a mim não pertencia.
Pude me ver nesse estranho quando a memória me surgiram as vezes em que pensei te ver, me recordo das infinitas vezes em que iniciou-se um sorriso em mim para desfazer-se antes mesmo de sua concessão. Te vi em muitos rostos, gostos, jeitos e trejeitos...
Mas o grande paradoxo consiste em como, na realidade, nunca te vi sequer em você mesmo. O que enxerguei não foi nada além do que eu mesma projetei e articulei. Já perdi as contas de quantas vezes te criei e recriei...
Vivo no interior de um castelo, feito de vidro, ilusão e alusão. Por muitas vezes, quase quebrei o vidro do castelo, quase cruzei a fronteira que o separa das cores, contrastes, forma, solidez , do real. Mas sempre que ameaço sair do quase, me sinto tão vazia que preciso voltar. Pois, a verdade é que não sou eu quem vive no castelo, o castelo é que vive em mim. Então eu volto... Volto pro que sequer existe, pra reaver o que nunca tive e reviver o que nunca vivi.
(Texto de autoria desconhecida)
Todo começo depende do trecho que levamos à vida,quando se pensa no futuro;esse futuro talvez não se formará.
ResponderExcluirVivemos em uma sociedade manipuladora e ilusonária,controlando as mentes com seus produtos capitalistas.
A cada segundo uma nova espécie humana nasce para um propósito,contribuindo para o enriquecimento da burguesia exploratória deste mundo.A sociedade se tornou refém de poucos...
É melhor ser uma metamorfose,tendo uma visão real do mundo,não sou fantoche do mundo,porém sou iminente recluso na monotonia.
Respondendo com muitos meses de atraso, esse texto fui eu que escrevi sim... que bom que vc gostou =)
ResponderExcluir